Ativistas exigem açõe mais contundentes para a preservação do ambiente; Protocolo de Kyoto o único plano que gera obrigações legais com o objetivo de enfrentar o aquecimento global
Quase 200 países estenderam neste sábado (8) o prazo para um fraco plano da ONU (Organização das Nações Unidas) para combater o aquecimento global até 2020, evitando um novo entrave a duas décadas de esforços da ONU que não foram capazes de impedir o aumento das emissões de gases do efeito estufa.
A extensão de oito anos do Protocolo de Kyoto para além de 2012 o mantém ativo como o único plano que gera obrigações legais com o objetivo de enfrentar o aquecimento global. Mas Rússia, Japão e Canadá abandonaram o contrato, o que faz com que as emissões de gases do efeito estufa de países que assinam o tratado representem apenas 15 por cento do total global.
"Eu agradeço a todos pela boa vontade e pelo trabalho duro em fazer esse processo avançar", disse o presidente da conferência, Abdullah bin Hamad Al-Attiyah, ao bater repetidamente o martelo em um pacote de decisões no final da maratona de negociações.
Mas o delegado de Moscou, Oleg Shamanov, disse que a Rússia, Belarus e Ucrânia se opõem à decisão de estender o Protocolo de Kyoto para além de 2012. A Rússia que limites menos rígidos sobre as licenças de emissões de carbono não utilizado, conhecido como ar quente.
Um pacote de decisões, conhecida como "Porta de Entrada Climática de Doha", também adiaria até 2013 uma disputa sobre demandas de nações desenvolvidas por mais recursos para ajudá-las a lidar com o aquecimento global.
Todos os lados dizem que as decisões tomadas em Doha ficaram aquém das recomendações de cientistas a favor de medidas mais duras para evitar mais ondas de calor, tempestades de areia, enchentes, secas e aumento do nível dos oceanos.
A versão preliminar do acordo estenderia o Protocolo de Kyoto por oito anos. Ele obrigou cerca de 35 nações industrializadas a reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em média 5,2 por cento frente aos níveis de 1990 durante o período de 2008 a 2012. ( fonte uol/reuters)