segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Depois de dois anos em queda, desemprego mundial aumenta em 2012. Carolina Sarres da Agência Brasil.



Depois de dois anos consecutivos em queda, o desemprego no mundo aumentou em 2012. No ano passado, cerca de 197,3 milhões de pessoas estavam sem trabalho, quase 5 milhões a mais do que em 2011, segundo o relatório Tendências Mundiais de Emprego 2013, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que será divulgado nesta terça-feira (22). A expectativa da OIT para este ano é a de que o desemprego cresça ainda mais, chegando a atingir 202 milhões de pessoas até o final de 2013, 204,9 milhões até 2014 e 210 milhões até 2018. Segundo a OIT, a recuperação da economia mundial não será forte o suficiente para reduzir as taxas de desemprego rapidamente.
O pico de desemprego na última década foi em 2009, ano da crise financeira internacional, com mais de 198 milhões de desempregados. Em 2010 e 2011, houve recuperação, com a queda do número de pessoas sem emprego --194,6 milhões, em 2010; e 193,1 milhões, em 2011.
"A incerteza em torno das perspectivas econômicas e as políticas inadequadas que foram implementadas para lidar com isso debilitaram a demanda agregada, freando os investimentos e as contratações. Isso prolongou a crise do mercado laboral em vários países, reduzindo a criação de empregos e aumentando a duração do desemprego" explicou, em nota, o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
As regiões onde foram registradas as taxas mais altas de desemprego foram o Norte da África (10,3%), o Oriente Médio (10%) e o grupo das chamadas "economias desenvolvidas" (8,6%) --que inclui os Estados Unidos, o Reino Unido, o Japão, a Espanha e Portugal.
Em contraponto, as três regiões com os índices mais baixos de desemprego estão na Ásia: no Sul da Ásia (3,8%), na Ásia Oriental (4,4%) e no Sudeste Asiático (4,5%). A região da América Latina e do Caribe, grupo em que está o Brasil, ficou com taxa de 6,6%.
De acordo com a professora de Administração da Universidade de Brasília (UnB) e especialista em mercado de trabalho, Débora Barém, os países saíram da situação imediata de crise, mas ainda não retomaram suas atividades aos patamares anteriores a 2009. Segundo ela, há áreas com expansão na demanda de trabalhadores, mas são setores que tinham carência de profissionais qualificados anteriormente à crise --como é o caso da Ásia, que, no momento, está reorganizando sua estrutura produtiva.
"Comparativamente a outros anos, há desaquecimento. Não se está mais em crise, mas não se precisa mais da mesma quantidade de mão de obra que se precisava antes, pois se está produzindo menos. Estamos em um momento de rearrumação", disse a especialista.
 ( fonte: uol/noticias)

Em discurso de posse, Obama pede união como resposta a novos desafios dos EUA.





Presidente toma para segundo mandato em cerimônia perante centenas de milhares em Washington: 'Fomos feitos para este momento, e vamos aproveitá-lo se o fizermos juntos'
O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou nesta segunda-feira que uma década de guerra está chegando ao fim, a economia do país está em recuperação e "as possibilidades dos EUA são ilimitadas" em discurso que marcou a posse para seu segundo mandato após cerimônia pública perante centenas de milhares no Capitólio (prédio do Congresso), em Washington.
Detalhando um amplo programa para seus próximos quatro anos, o líder americano usou seu discurso de posse para conclamar o país à união para lidar com várias questões, da mudança climática ao ato de honrar a dignidade de homens, mulheres e crianças em todo o mundo.
"Meus concidadãos, fomos feitos para este momento, e vamos aproveitá-lo se o fizermos juntos", disse Obama. Ele também marcou uma nova direção na política externa, enquanto os EUA se preparam para retirar soldados do Afeganistão , pondo fim a uma das mais longas guerras do país.
"Nós, o povo, ainda acreditamos que, para manter a segurança e a paz duradouras, não é necessária a guerra perpétua", afirmou o presidente do lado de fora do Capitólio, observando uma multidão no National Mall.
O pronunciamento de Obama abordou as amplas dádivas que fazem o país se unir, apontando para o trabalho que está à frente, para "as realidades de nosso tempo".
Ele disse que os EUA terão de fazer escolhas difíceis para reduzir o déficit e reduzir o custo da assistência à saúde. "Mas rejeitamos a crença de que os EUA têm de escolher entre cuidar da geração que construiu esse país e a geração que construirá seu futuro."
A cerimônia desta segunda representou a segunda vez em 24 horas que Obama fez o juramento ao cargo. A posse oficial ocorreu, como determinado pela Constituição, ao meio-dia de 20 de janeiro em cerimônia privada na Casa Branca. Os organizadores dos eventos consideraram que seria inadequado fazer uma grande atividade popular no fim de semana, e por isso transferiram as principais festividades da posse para esta segunda. Assim como Obama, o vice-presidente Joe Biden também repetiu o juramento nesta segunda.
Obama, o organizador comunitário e professor de lei constitucional que teve uma ascensão improvável para o centro do poder, está perante uma nação mergulhada em desunião partidária, uma economia ainda fraca e uma variedade de desafios no exterior.
O líder americano também enfrenta uma posição menos favorável no palco mundial, onde as expectativas em relação a ele eram tão altas há quatro anos que o fizeram ser premiado com o Prêmio Nobel da Paz poucos meses depois do início do seu primeiro mandato. "Apenas raramente uma pessoa captura, da mesma forma que Obama, a atenção do mundo e dá à sua população a esperança de um futuro melhor", afirmou o Nobel em 2009.
Quatro anos depois de fazer história ao se tornar o primeiro presidente negro dos EUA, Obama iniciou seu segundo mandato com uma cerimônia que teve a pompa tradicional, mais foi mais modesta do que a de 2009, o que reflete as expectativas menores que cercam seus próximos quatro anos no cargo. O início do segundo mandato teve menos gente na rua, menos festas populares e menos bailes oficiais.
A expectativa dos organizadores era de que entre 700 mil e 1 milhão de pessoas comparecessem à avenida National Mall para assistir ao segundo juramento, total bem inferior à multidão de 1,8 milhão que lotou o local na posse de 2009.
Presidente dos EUA, Barack Obama, sorri enquanto Beyonce canta hino nacional americano em cerimônia de posse no Capitólio.
Uma pesquisa NBC/Wall Street Journal na semana passada mostrou que 43% dos americanos estão otimistas com os próximos quatro anos, enquanto 35% estão pessimistas e 22% estão divididos.
Na noite de domingo, as autoridades fecharam várias ruas de Washington por causa da cerimônia pública. Barreiras de segurança foram montadas, e milhares de policiais e agentes da Guarda Nacional foram mobilizados.
Após a cerimônia de posse, os casais Barack e Michelle Obama e Joe e Jill Biden participam de um almoço e de um desfile que vai do Congresso à Casa Branca pela avenida Pensilvânia.
( fonte: www.ultimosegundo.ig.com.br)