quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
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A Peugeot começa a fazer o 208, carro fundamental para sua sobrevivência
A Peugeot apresentou nesta quarta-feira (30) a linha de produção no Brasil do 208, hatch compacto que faz parte do projeto global da empresa e que estreia no país menos de um ano após ser lançado na Europa. Como já se sabe, o modelo será produzido em Porto Real, no interior do Estado do Rio de Janeiro, de onde também saem o 207 e modelos da Citroën como o novo C3, C3 Picasso e AirCross -- estes últimos são feitos sobre a mesma plataforma que agora dá origem também ao 208.
A cerimônia contou com a presença de Philippe Varin, presidente mundial do grupo francês, Carlos Gomes, presidente para o Brasil e América Latina, e Thierry Peugeot, presidente do Conselho Mundial de Administração da marca e descendente direto dos fundadores da empresa, além de políticos locais e o governador Sérgio Cabral. O lançamento oficial do carro está marcado para dos dias 20 e 21 de março, enquanto a chegada às lojas fica para o começo de abril. Antes, porém, haverá a venda de um primeira série especial e limitada, com pintura exclusiva e numeração de 001 a 208, com preço anunciado de R$ 54.990. Este valor pode ser ainda o teto das versões mais completas do carro, sendo que a base tenderá a ficar, a depender da estratégia da Peugeot, perto do valor do C3 1.5 (R$ 40 mil).
O CARRO DA VIDA
A Peugeot ainda tenta fazer segredo sobre detalhes do novo modelo, mas a presença massiva de autoridades e de executivos de envergadura da PSA (a união entre a Peugeot e a Citroën) evidencia: neste momento, o 208 é o carro mais importante da trajetória da marca no Brasil por representar a única chance real de desatolar nas vendas. E pode-se dizer ainda, sem medo de exagerar, que seu desempenho nas lojas pode ser fundamental para a sobrevivência da Peugeot no mundo, num momento em que as marcas vendem cada vez menos na Europa, enquanto o continente se enrola cada vez mais na crise.
A marca espera que o 208 seja seu carro-chefe no país. Um ajuste no número de concessionários (hoje com 171 pontos) e o aumento da carga de produção anunciado são medidas estratégicas para isso. Só em 2013 a Peugeot espera fabricar 55 mil unidades do modelo. A ideia da empresa é crescer entre 10% e 15% este ano com o carro novo.
E o investimento não é pequeno: a adaptação da fábrica de Porto Real ao novo carro consumiu parte dos R$ 800 milhões investidos pelo grupo francês para desenvolver o compacto no Brasil. Com isso, a unidade amplia sua produção de 150 mil para 220 mil carros anuais e será responsável por abastecer toda a América Latina, com exceção do Chile (que, por permitir importação sem taxas, traz o carro da França).
Entre segredos e certezas, pouco pode ser escondido. O 208 nacional foi apresentado durante o Salão do Automóvel de São Paulo, em outubro de 2012, e seguirá uma trajetória muito próxima à do "primo" Citroën C3, com uma leve diferença. Enquanto o novo C3 aposentou o antigo de vez, a Peugeot acredita na convivência entre 207 (num degrau inferior de versões, claro) e 208 (mais completo, tecnológico e eficiente/econômico no posto).
COMO É O 208
Assim como o C3, o 208 terá motores flex 1.5 (93 cavalos com etanol) e 1.6 Flex Start (sem "tanquinho" e com 122 cv) gerenciados por câmbio manual de cinco marchas ou automático de quatro velocidades. Ainda não se sabe se as medidas do carro francês -- 3,96 metros de comprimento, 1,74 m de largura, 1,46 m de altura e ótimos 2,53 m de entre-eixos (mais espaçoso que o próprio C3 e que o Ford New Fiesta, por exemplo) -- serão confirmadas no modelo nacional.
As versões mais caras devem contar com soluções como LEDs diurnos, teto panorâmico e -- diferentemente do que se vê no C3 -- com um novo estilo de cockpit, onde o volante é menor e está posicionado mais para baixo do que o habitual, abrindo espaço para um painel de instrumentos mais completo e uma tela multimídia de 7 polegadas. Tudo bem próximo do carro francês, ainda que com pequenas alterações de material.
Além da qualidade de plásticos, o modelo nacional tem outras pequenas modificações em relação ao europeu. As entradas de ar são um pouco maiores (por causa da refrigeração do ar-condicionado para o clima tropical brasileiro), a suspensão recebeu reforços e a carroceria está 1 cm mais alta. Por dentro, o quadro de instrumentos aparenta ter novidades também. (fonte: uol/carros)
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