terça-feira, 27 de novembro de 2012
Povo egípcio teme que a Primavera Árabe não se consolide com radicalismo político do presidente Mursi.
Egípcios desafiam presidente Mursi em protesto nacional
terça-feira, 27 de novembro de 2012
"Não queremos uma ditadura outra vez. O regime de Mubarak era uma ditadura. Tivemos uma revolução para termos justiça e liberdade", disse o manifestante Ahmed Husseini, de 32 anos, no Cairo.
A oposição não-islâmica do Egito conseguiu se unir nas ruas nos últimos dias, mas ainda não construiu uma máquina eleitoral capaz de desafiar a bem organizada Irmandade Islâmica, que derrotou candidatos de mentalidade mais laica nas duas eleições realizadas desde a queda de Mubarak.
O decreto de Mursi provocou uma rebelião de juízes e abalou a confiança numa economia que, após dois anos de turbulências políticas, enfrenta graves dificuldades. O presidente ainda está por implementar impopulares medidas destinadas a controlar o déficit público, uma pré-condição para a liberação de um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Na segunda-feira, Mursi se reuniu com a cúpula do Judiciário para negociar uma solução para a crise.
"Há sinais nos últimos dois dias de que Mursi e a Irmandade perceberam seu erro", disse Elijah Zarwan, pesquisador do Conselho Europeu de Relações Exteriores, para quem os protestos são "uma claríssima ilustração de como isso foi um erro de cálculo".
(Reportagem adicional de Tom Perry, Seham Eloraby, Marwa Awad e Yasmine Saleh, no Cairo; e de Michael Shields, em Viena) ( Fonte Reuters)
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