LISBOA, 7 Abr (Reuters) - O governo de Portugal vai cortar gastos para compensar a rejeição de medidas de austeridade essenciais do Orçamento deste ano pelo Tribunal Constitucional, a fim de atingir as metas do resgate, afirmou neste domingo o primeiro-ministro do país, Pedro Passos Coelho.
Passos Coelho disse em entrevista à televisão que a rejeição representa "sérios obstáculos e riscos" para a execução do Orçamento neste ano e no próximo, mas reafirmou seu compromisso com o programa de ajuste fiscal e econômico segundo o determinado no resgate da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
"Nós não hesitaremos ... o governo está comprometido com todos os objetivos do programa", disse ele.
O tribunal rejeitou na sexta-feira quatro de nove medidas de austeridade contestadas no Orçamento desde ano, numa decisão que afeta fortemente as finanças do governo. Ainda assim, analistas dizem que a rejeição não deve provocar uma crise de governabilidade e esperam que outras medidas sejam encontradas com a UE e o FMI.
(Reportagem de Andrei Khalip)
Nenhum comentário:
Postar um comentário